A Almedina vai publicar, nas Edições 70, “Teatro Completo”, de Beckett, a primeira coletânea de toda a dramaturgia de um dos mestres da literatura universal.
As Edições 70 publicam também neste mês o primeiro volume de “Tragédias”, de Séneca, o “Elogio dos Intelectuais”, de Bernard-Henri Lévy, e “O Erotismo”, de Georges Bataille, a obra de maior fôlego do “‘filósofo maldito’, que continua a inquietar e influenciar gerações”, considerada uma das obras-primas do século XX.
Outra novidade em Portugal é a publicação, pela Relógio d’Água, dos “Diários (1950-1962)” de Sylvia Plath, uma transcrição dos seus pensamentos privados e registos intimistas mantidos durante os seus últimos doze anos de vida, que teve publicação original nos Estados Unidos, em 2000.
Estes escritos, que só foram disponibilizados em 1998 pelo marido da escritora, o também poeta Ted Hughes, revelam mais plenamente as lutas pessoais e literárias de Plath, o seu desespero frequente e a luta contra os seus demónios.
Na mesma editora sairá o novo livro de Rachel Cusk, “Um segundo lugar”, nomeado na ‘longlist’ do Prémio Booker 2021, bem como o novo romance da escritora irlandesa Sally Rooney, “Onde estás, mundo maravilhoso?”, centrado na amizade de quatro jovens na Irlanda, que navegam entre o amor, a amizade e os seus medos quanto ao futuro.
Entre as próximas novidades da Relógio d’Água inclui-se ainda uma antologia de poesia de Emily Dickinson, intitulada “Herbário e Antologia de Poemas Botânicos”, com tradução de Ana Luísa Amaral.
Em outubro, chega também às livrarias um finalista (na ‘longlist’) do Prémio Booker Internacional, o “Inventário de algumas perdas”, da escritora Judith Schalansky, um livro que desafia géneros, em que a autora busca inspiração na História, filtrando-a através da imaginação, publicado pela Elsinore.
São doze os objetos perdidos neste inventário, cada um deles sem existência que não em histórias e nalguns poucos registos. Assim, um quadro de Caspar David Friedrich, o tigre-do-cáspio, uma 'villa romana', um poema de amor de Safo e uma ilha no Pacífico tornam-se tanto tesouros esquecidos como uma janela aberta para o mundo da extinção e da perda, segundo a editora.
A Elsinore publica ainda a novela gráfica “Sapiens: Os Pilares da Civilização”, volume 2, de Yuval Noah Harari, em lançamento mundial a 13 de outubro.
Na Cavalo de Ferro sairá “Trilogia”, de Jon Fosse - composto pelas novelas “Vigília” (2007), “Os Sonhos de Olav” (2012) e “Fadiga” (2014) -, uma parábola de inspiração bíblica sobre o amor, o crime, o castigo e a redenção, que valeu ao autor o prémio de literatura do concelho nórdico de 2015.
Na mesma chancela será publicada outra novela gráfica: “Fome”, de Knut Hamsun, com ilustrações e adaptação do texto por Martin Ernstsen.
Um novo romance do escritor moçambicano Mia Couto é outra das novidades do mês. “O Caçador de Elefantes Invisíveis”, publicado pela Caminho, é um livro de crónicas, no qual o escritor volta a um género literário que pratica com “reconhecida mestria” desde a sua primeira obra em prosa, a coletânea “Vozes Anoitecidas”, descreve a editora.
Também na Caminho será editado o terceiro volume da Trilogia do Mindelo, de Germano Almeida, intitulado “A Confissão e a Culpa”.
Do angolano José Eduardo Agualusa chega um novo romance editado pela Quetzal, intitulado “A vida no céu”, que conta a história de um desastre de proporções bíblicas, na sequência do qual os ricos das grandes cidades constroem enormes dirigíveis e vão viver para o céu.
A Quetzal traz também “As bucólicas de Vergílio”, com tradução, introdução e notas de Frederico Lourenço, bem como “O sonho da China”, de Ma Jean, “uma distopia e um passeio tragicómico pelos horrores e absurdos do poder totalitário”.
As novidades da D. Quixote para este mês incluem “Tentação do Norte”, uma história de amor e de luta política, da autoria de Manuel Alegre, o ensaio “Pessoa & Saramago”, de Miguel Real, “Stalinegrado”, de Vassili Grossman, publicado pela primeira vez em Portugal, com tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra, e “Silverview”, obra póstuma de John Le Carré, em publicação simultânea com a edição inglesa.
Pela mesma editora, chega também a Portugal “Encruzilhadas”, de Jonathan Franzen, o primeiro volume de uma trilogia familiar, publicado em simultâneo com a edição americana.
O sexto romance de Jonathan Franzen traça a história da família Hildebrandt - o pai Russ, a mulher, Marion, e os seus filhos -, num registo alternado entre o cómico e angustiante.
A ASA lança este mês “M – Mussolini – O homem da providência”, de Antonio Scurati, segundo volume da biografia ficcionada do ditador italiano Benito Mussolini.
Na Lua de Papel sai o romance histórico vencedor do Prémio Planeta 2020, “Aquitânia”, de Eva García Sáenz Urturi.
Comentários