Inaugurou a 18 de Maio e tinha como data de fecho 25 de setembro. Mas, a 15 de setembro, já tinha sido vista por mais de 68 mil pessoas, e foi anunciado que o prazo de exibição se prolongaria até 9 de outubro. Os visitantes continuaram a chegar - já são mais de 74 mil à data de hoje - e a exposição vai ficar (pelo menos) até 23 de outubro.
A exposição "Obras em reserva. O museu que não se vê" tem feito justiça às palavras de António Filipe Pimentel, o seu curador e também diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), que afirmou aquando da inauguração que esta era "a grande exposição da próxima temporada, que abrange um período cronológico desde a Antiguidade egípcia ao século XIX, e inclui várias disciplinas artísticas, desde a escultura à pintura, passando pela cerâmica, ourivesaria, têxteis, vidro, etc".
A escultura de uns leões ptolomaicos, que corresponde à dinastia que reinou no Antigo Egipto, entre 305 e 30 antes de Cristo, e um óleo de Columbano Bordalo Pinheiro, do século XIX, constituem as balizas cronológicas da exposição, que inclui autores nacionais e estrangeiros, mas, no total, são mais de três centenas de peças, todas provenientes das reservas do museu. O que obviamente não torna fácil uma escolha, além de que o próprio museu sugere a sua "quick preview" da exposição.
Deixamos aqui a nossa proposta não de roteiro, mas de pretextos, se necessários, para visitar este "museu que não se vê" e, já agora, também o museu de sempre com obras que são sempre bons motivos de visita.
Quadro representando um Santo António - embora seja possível que a figura representada como o santo se trate, na realidade, do cliente que encomendou a obra a um pintor também ele desconhecido. Tratava-se de uma manifestação de devoção da parte de pessoas com posses que se faziam retratar na figura dos santos que veneravam. No reverso do quadro, outra pintura - "Vanitas" - retrata uma caveira cujo sentido é a meditação sobre a efemeridade da existência.
Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, de pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.
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