"Do que temos falado com os comerciantes da cidade de Évora, que são os principais visados, não tem havido um decréscimo muito grande das vendas", afirmou hoje à agência Lusa o presidente da Associação Comercial do Distrito de Évora (ACDE), António Melgão.

O responsável admitiu que o centro comercial "acaba sempre por afetar" as vendas no comércio tradicional, mas observou que, em anos anteriores, os clientes também "acabavam por ir a outros que se situam fora do distrito".

Localizado no parque industrial da cidade, o centro comercial Évora Plaza, que abriu portas em novembro, tem 77 lojas de várias áreas de negócio, incluindo um supermercado e uma zona de restauração, além de cinco salas de cinema e quiosques.

Também em declarações à Lusa, o diretor do Évora Plaza, Bernardo Cabral Meneses, realçou que tem recebido comentários "bastante positivos dos lojistas" do centro comercial sobre as vendas de Natal.

"Temos consciência que o centro comercial tem sido bastante procurado pelas pessoas para fazerem as suas compras", assinalou, referindo que "as vendas têm correspondido às expectativas desta época".

O centro comercial foi comprado ao Novo Banco, em março de 2016, pela empresa Ares Capital, detida por uma família do Dubai, que concluiu a obra seis anos após o seu início, num investimento global de 35 milhões de euros.

Na generalidade do distrito, o presidente da associação comercial adiantou que as vendas no período natalício estão "ao nível do ano passado", notando que o volume de negócios "aumenta sempre substancialmente" no Natal em comparação com o resto do ano.

"As pessoas têm tendência para comprar mais por ser Natal, para oferecer ou para consumir em casa", disse.

António Melgão indicou que, neste período, a associação comercial está promover uma campanha de montras, em parceria com as lojas, para levar mais clientes ao comércio tradicional, além de outros eventos com o apoio dos municípios.