De acordo com um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (STCDE), “estão reunidas as condições para uma negociação séria e contínua” a partir de segunda-feira.

O STCDE tinha anunciado uma greve para começar naquela data e prolongar-se durante seis semanas, justificada pela “inércia do Governo em aprovar novas tabelas salariais aplicáveis a todos os trabalhadores” e por “não concretizar” acordos que foram feitos nos últimos tempos, em várias matérias.

Após novos elementos sobre as propostas e calendário negocial, o STCDE decidiu “a suspensão imediata da greve”, sublinhando a importância “de ter prevalecido o diálogo, quando estão em causa matérias tão flagrantes e chocantes”.

Em novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse acreditar na possibilidade de evitar a greve de seis semanas convocada pelo sindicato.

“Há espaço para o diálogo e será possível, o sindicato querendo, evitar essa greve”, afirmou Gomes Cravinho, confiando que seria “possível encetar diálogo e olhar para algumas das suas reivindicações”, nas semanas seguintes.

A greve dos trabalhadores nas missões diplomáticas e postos consulares, decretada pelo STCDE, iria decorrer entre 05 de dezembro deste ano e 12 de janeiro de 2023.