A proposta ainda terá de ser votada no parlamento e, segundo Cazeneuve, deve-se à persistência da ameaça terrorista num momento em que o país está prestes a realizar eleições presidenciais e legislativas, em abril e junho, respetivamente.
O recentemente empossado primeiro-ministro falava aos jornalistas à saída de um conselho de ministros extraordinário, indicando que os sete meses adicionais de estado de emergência (que terminaria em meados de janeiro) vão garantir o tempo suficiente para que os novos eleitos examinem a situação de segurança.
O texto, que dá corpo a algo que o presidente, François Hollande, já havia mencionado no mês passado, será analisado pela Assembleia Nacional na próxima terça-feira e pelo Senado dois dias depois.
De acordo com o Le Monde, o estado de emergência já foi prolongado quatro vezes e está longe de ser unânime em França, embora seja esperado que a proposta venha mais uma vez a ser aprovada.
Cazeneuve declarou que o prolongamento do estado de emergência “é indispensável para assegurar o maior nivel de proteção aos cidadãos”, apesar de não ser algo permanente.
De acordo com o novo primeiro-ministro, que assumiu a pasta na sequência da saída de Manuel Valls, este ano foram gorados 17 atentados e detidas 420 pessoas ligadas a redes extremistas islâmicas.
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