De acordo com fonte da Presidência da República, neste ano o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu não nomear uma comissão organizadora do 10 de Junho – normalmente presidida por uma personalidade ligada à sede das comemorações – por o programa estar disperso por quatro concelhos do país e não querer destacar nenhum em detrimento de outros.

A Presidência da República divulgou hoje uma nota sobre o programa destas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que oficialmente começam no domingo, 09 de junho, dia de eleições para o Parlamento Europeu.

Estas serão as primeiras comemorações do Dia de Portugal que Marcelo Rebelo de Sousa irá assinalar com o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, com quem estará, depois, na Suíça, a partir de terça-feira, 11 de junho, junto de comunidades emigrantes portuguesas.

"As comemorações têm início no dia 09 de junho, no Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017, com a cerimónia do içar da bandeira nacional, seguida de homenagem às vítimas dos incêndios florestais de 2017. Ao fim da manhã, será celebrada uma missa em Figueiró dos Vinhos dedicada às vítimas", lê-se na nota hoje divulgada.

Ainda no dia 09, "durante a tarde, em Castanheira de Pera, decorre a apresentação de cumprimentos do corpo diplomático ao Presidente da República, seguida de receção" e de noite haverá "um concerto e um espetáculo multimédia na Praia das Rocas, em Castanheira de Pera".

No dia 10 de Junho, segunda-feira, realiza-se em Pedrógão Grande a Cerimónia Militar Comemorativa do Dia de Portugal, em que o Presidente da República irá discursar, e "na qual participam mais de 1.300 militares dos três ramos das Forças Armadas".

A seguir, "o Presidente da República, acompanhado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, parte para Coimbra para as celebrações dos 500 anos de Camões".

As celebrações do quinto centenário do nascimento do poeta Luís Vaz de Camões têm início neste 10 de Junho, dia da sua morte, e a cerimónia inaugural, na Universidade de Coimbra, foi incluída no programa de comemorações oficiais do Dia de Portugal.

Na Universidade de Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa "visita a Biblioteca Joanina e preside à Cerimónia Evocativa dos 500 anos de Camões, terminando o dia com um espetáculo musical no Pátio das Escolas".

A Presidência da República acrescenta que "na manhã do dia seguinte, o Presidente da República e o primeiro-ministro partem para a Suíça para continuar as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas de 2024", com passagens por Genebra, Berna e Zurique.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que alastrou a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, destruiu meio milhar de casas e 50 empresas.

Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.

Em 2016 o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.

Em 2020, devido à pandemia de covid-19, realizou-se apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.

Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua, distrito de Vila Real, e na África do Sul.