O Hospital de Chaves dispõe de uma nova unidade de hemodiálise, inaugura em junho os cuidados paliativos e avança em breve com a remodelação da consulta externa, intervenções incluídas num investimento total de 12,5 milhões de euros.
Fernando Alves, vogal do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), concretizou hoje que o investimento global de 12,5 milhões de euros diz respeito aos últimos quatro anos e a obras já concluídas, em curso, que vão começar em breve ou que estão ainda em fase de projeto.
“Este é um processo inacabado, porque os cuidados de saúde exigem sempre novas condições. No fundo, todo este investimento tem a ver com a resposta que era preciso dar aos médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e no tratamento de doentes”, salientou.
O objetivo foi que o “hospital conseguisse reter doentes e tratá-los e não fosse apenas um local por onde os doentes passassem de maneira a irem para outro lado”.
O administrador falava aos jornalistas durante uma visita dos deputados do PS, eleitos por Vila Real, à unidade de Chaves do CHTMAD.
A nova unidade de hemodiálise representou um investimento de 400 mil euros, e permite o tratamento de mais doentes em simultâneo, enquanto a unidade de cuidados intermédios sofreu uma intervenção de 300 mil euros, mas ainda não abriu porque se aguarda a autorização, por parte da tutela, para mais 18 enfermeiros.
Também praticamente concluída está a unidade de cuidados paliativos, num investimento de 1,1 milhões de euros, que vai ter capacidade para 24 utentes.
Segundo Fernando Alves, após a inauguração prevista para o início de junho, são transferidos os doentes internados na atual unidade de paliativos, em Vila Pouca de Aguiar, um edifício vai ser reconvertido no primeiro serviço de cuidados de convalescença do distrito de Vila Real.
Em breve, segundo o responsável, arranca também a intervenção na zona da consulta externa (400 mil euros), estando em curso outras obras, como a da casa mortuária (200 mil euros), e concluídos foram já o bloco operatório ou a consulta externa de pediatria e ginecologia.
Fernando Alves elencou ainda a aquisição de novos equipamentos como TAC, ressonância magnética, ecógrafos ou intensificadores de imagem,
O projeto da eficiência energética para este hospital representa um investimento global de 4,4 milhões de euros e, estando concluído apenas em metade, já permitiu, segundo o responsável, reduzir a fatura energética.
Fátima Correia Pinto, deputada do PS na Assembleia da República, destacou que a nova unidade de hemodiálise tem capacidade para responder às necessidades do concelho dos concelhos limítrofes neste tipo de tratamento.
“Foi muito importante, não só pelo conforto dado a estes utentes, mas também pelo aumento da capacidade que vem suprir uma necessidade desta região”, salientou.
Quanto à questão dos 18 enfermeiros necessários para os cuidados intermédios, disse que os deputados socialistas se comprometeram a “fazer pressão no ministério”, endereçando uma pergunta ao ministro Manuel Pizarro e também através da solicitação de reuniões, para que “essa situação seja suprimida o mais depressa possível”.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, destacou a “evolução muito importante” verificada nos últimos quatro anos no hospital local.
“Desde o bloco operatório às intervenções que foram feitas e estão para acontecer nos paliativos, nos intermédios, naquilo que foram os muitos espaços intervencionados, eu acho que nós temos um hospital ‘clean’, moderno e funcional. Continuamos naturalmente atentos e reivindicativos relativamente à necessidade de recursos humanos nas diferentes valências”, salientou o autarca socialista.
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