O homem foi recolhido por um navio militar espanhol que participa na “Operação Sofia” destinada a reprimir os traficantes, e depois levado para a ilha italiana de Lampedusa.

A embarcação saiu no domingo ou na segunda-feira de Sabratha, noroeste da Líbia, com cinco crianças e várias mulheres grávidas a bordo, referiu o gabonês a um membro do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que o visitou num hospital em Lampedusa.

A maioria dos passageiros eram provenientes da Nigéria, Mali e Gâmbia, disse.

O sobrevivente revelou que o barco começou a afundar-se algumas horas após a partida da costa líbia, e que sobreviveu ao agarrar-se a um recipiente para combustível.

De acordo com informações recolhidas pela Organização Mundial para as Migrações (OIM), o homem foi detetado quase acidentalmente pelo navio espanhol, que depois o transferiu para a guarda costeira italiana.

“Isso demonstra que podem existir náufragos que não detetamos, porque os barcos se afundam sem deixar qualquer vestígio”, assinalou em declarações à agência France-Presse o porta-voz da OIM, Flavio de Giacomo.

Segundo a OIM, e desde o início do ano, pelo menos 590 migrantes morreram ou estão desaparecidos ao longo da costa da Líbia, excluindo este último acidente.