Num comunicado enviado às redações pelas 14:50, a Câmara Municipal de Lisboa fez uma atualização das estradas fechadas na cidade às 14:15, hora em que se encontravam encerradas a Avenida Infante D. Henrique junto ao Túnel Batista Russo, a Avenida de Santo Contestável, a Avenida 24 de Julho e a Avenida da Índia.
A essa mesma hora, também permaneciam fechadas artérias em Alcântara (vários locais), a Estrada de Chelas (desde a rotunda do Santo Contestável até ao largo Marquês de Niza em Xabregas) e a Rua de Cima de Chelas.
Continuavam, às 14:15, encerrados os túneis do Campo Pequeno, Campo Grande (dois), Avenida João XXI e Avenida de Berlim, indicou a Câmara de Lisboa.
Durante a manhã, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), esteve a acompanhar no terreno as situações mais sensíveis, no Centro de Comando da Proteção Civil, em Monsanto.
Carlos Moedas disse que tem havido um “reforço constante” das equipas que estão a responder às ocorrências do mau tempo e sublinhou que há situações que não podem ser evitadas, pelas características da cidade.
Em declarações aos jornalistas em Alcântara, uma das zonas mais afetadas na semana passada e hoje pelas fortes chuvas registadas no distrito de Lisboa, o autarca afirmou que durante a noite houve mais de 300 ocorrências, sem registo de vítimas, apesar dos “muitos danos materiais”.
Entre as ocorrências registadas está um deslize de terras na Azinhaga da Torrinha, na freguesia lisboeta de Santa Clara, que está hoje a impedir 10 moradores de sair de casa.
Veja as imagens:
Depois de as fortes chuvas registadas durante a noite terem provocado muitas inundações na via pública, o presidente da Câmara de Lisboa disse, ainda, que cabe a cada escola decidir se tem condições para abrir, de acordo com a presença ou ausência de funcionários.
“Muitas escolas são de proximidade e penso que cabe a cada uma decidir se tem pessoal ou não”, indicou.
O Ministério da Educação já remeteu para cada escola a decisão de suspender as aulas.
Na altura, Carlos Moedas reforçou o pedido para que as pessoas evitassem entrar na cidade, acrescentando que estão “todas as equipas na rua” para atender às ocorrências provocadas pelo mau tempo, numa altura em que a cidade está em alerta vermelho.
“A meio da noite, quase que não havia sinais do que ia acontecer”, afirmou, referindo-se à dimensão dos estragos e indicando mais de 300 ocorrências no total desde a madrugada.
O autarca de Lisboa indicou que “o nível de chuva foi muito parecido” com o registado há uma semana, com as estações meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em Lisboa a revelarem valores de precipitação superiores a 20 milímetros por hora entre as 04:00 e as 07:00.
“Esta semana tínhamos mais pessoas preparadas”, referiu Carlos Moedas, numa alusão à “experiência” da semana anterior.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
Comentários