Por ocasião do 20.º aniversário do ‘nascimento’ do euro, o presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro elegeu a moeda única como “um dos maiores sucessos europeus”.
“A sua importância e o seu impacto durante as duas primeiras décadas da sua história são incontestáveis, mas o seu futuro permanece por escrever. A responsabilidade que pesa sobre nós é, assim, histórica”, evidenciou, em comunicado.
Para Mário Centeno, que quando assumiu a presidência do Eurogrupo apontou a reforma da zona euro como a grande prioridade do seu mandato, “o euro e a cooperação económica a que ele obriga evoluíram com o passar do tempo”, o que permitiu aos países da moeda única ultrapassarem as dificuldades sentidas sobretudo durante a crise.
“O caminho percorrido desde o lançamento do euro é considerável e as alterações de relevo que foram introduzidas no rescaldo da crise ajudaram-nos a superar os obstáculos. No entanto, este trabalho não está concluído, requer sim esforços permanentes de reforma, seja a conjuntura favorável ou desfavorável”, argumentou.
O presidente do Eurogrupo frisou que não deve subsistir qualquer dúvida sobre a vontade de reforçar a União Económica e Monetária.
“Devemos estar preparados para o que o futuro nos reserva – devemo-lo aos nossos cidadãos”, concluiu.
Centeno é o ‘maestro’ que tem conduzido a ‘batuta’ da reforma da zona euro: em 04 de dezembro, foi a sua voz que anunciou um acordo entre os ministros das Finanças europeus, após 18 horas de negociações, e dez dias depois foi a ele que os líderes europeus concederam “um mandato muito claro” para trabalhar numa capacidade orçamental própria para a convergência na zona euro.
Do “pacote abrangente para fortalecer ainda mais a União Económica e Monetária”, acordado a nível dos ministros das Finanças em 04 de dezembro e validado pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia na cimeira do euro, constam o desenvolvimento dos instrumentos e do papel do Mecanismo Europeu de Estabilidade – e a sua cooperação reforçada com a Comissão Europeia – e a operacionalização do ‘backstop’ para o Fundo Único de Resolução.
O aprofundamento da União Económica e Monetária tem o propósito de aumentar a resiliência da moeda que nasceu em 01 de janeiro de 1999, por iniciativa de um conjunto de 11 países fundadores, entre os quais Portugal, tornando-a menos suscetível a choques em tempos de crise.
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