"E hoje, quando nos manifestamos, manifestamo-nos por essas condições. Pelo estado social universal, para toda a gente ter direito à escola, à pensão, ao apoio quando precisam e à saúde", afirmou.
Catarina Martins participou hoje na marcha que desceu a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para assinalar o aniversário da Revolução dos Cravos de 1974, salientando que passam 45 anos sobre o 25 de Abril e também 40 anos sobre a fundação do SNS.
"É um ano muito importante, em que discutimos como vamos proteger o SNS, e eu lembro que ele hoje está muitas vezes nas mãos dos grupos privados, que têm ficado com o dinheiro que deveria estar no SNS", disse a coordenadora bloquista.
"O SNS não precisou de PPP [Parcerias Público-Privadas] para mudar o nosso país, mas as PPP começaram a destruir o SNS. Hoje, o caminho que temos de fazer é defendê-lo, como António Arnaut, como João Semedo nos deixaram esse legado, e 25 de Abril é também a defesa do direito à saúde para toda a gente", acrescentou.
Catarina Martins considerou que 2019 é "um ano extraordinário para Portugal", destacando uma manifestação de afrodescendentes contra a violência racista, "a maior manifestação feminista que este país já viu, a 08 de março", e o ano em que os estudantes se manifestaram "para dizer que não há planeta B e que as alterações climáticas estão aqui".
"Um ano assim tão intenso, de lutas do trabalho, da igualdade, é um ano de democracia e é com esta gente, que não desiste de lutar, que nós queremos construir o futuro", concluiu.
Catarina Martins estava acompanhada na manifestação pela eurodeputada Marisa Matias, por Jean-Luc Mélenchon, do grupo francês França Insubmissa, por Miguel Urbán, do partido espanhol Podemos, e por Jakob Nerup, da Aliança Vermelha e Verde dinamarquesa.
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