O alerta para o incêndio no navio-tanque Greta K, com bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e meia de costa, junto à Foz do Douro, foi dado cerca das 15:30 de terça-feira. A bordo estavam 19 pessoas, todas de nacionalidade filipina.

Extinto o incêndio, era preciso fazer chegar o navio ao porto de Leixões. Mas a tarefa tornou-se difícil.

Como estava a situação esta manhã?

Antes das 13h, o comandante da Capitania do Douro e Leixões afirmou que tinham sido "tomadas medidas e decisões" para permitir a entrada no porto.

"O navio encontra-se agora a cerca de 10 quilómetros do porto de Leixões, está neste momento a deslocar-se para bordo uma embarcação com tripulantes do navio, preparados para iniciar a manobra", disse na altura Silva Rocha.

Contudo, faltava ainda a autorização do armador, que deveria chegar brevemente.

Depois disso, quais os fatores a considerar?

Essencialmente o estado do tempo. "O mau tempo está a aproximar-se muito rapidamente", lembrou. E a operação deveria demorar, no total, cerca de três horas.

"A partir do meio da tarde, teremos uma altura [das ondas] bastante problemática para a operação do navio e, portanto, exige alguma rapidez nesta fase. A decisão já estando tomada e havendo condições de segurança será mais rápido", sublinhou.

O mau tempo complicou mesmo a operação?

Pelas 16h00, Silva Rocha anunciou que o reboque do navio já decorria, mas com alguns entraves. "Está mais atrasado do que previmos. [Circula] à velocidade de segurança e o mar também está forte (…) tem de vir em segurança para não partir os cabos do reboque", explicou nesse momento.

Por isso, as previsões apontavam para a chegada por volta das 18h00. Mas tal acabou por não acontecer, já que a operação de reboque teve de ser interrompida a cerca de cinco quilómetros do destino devido à força do mar.

Segundo o comandante da capitania, não estavam "reunidas as condições para que o navio pudesse entrar em segurança".

Quando é que o navio vai chegar a Leixões?

A situação vai ser "reavaliada aos primeiros alvores da manhã, cerca das 06h:00 e em princípio o mar e a agitação marítima irão decrescer no período noturno e penso que haverá condições para uma entrada entre as 07h00 e as 08h00”.

E como está o Greta K?

Sobre as condições em que navio se encontra devido ao incêndio, o capitão referiu que "está muito bem conservado exteriormente".

"Como tenho vindo a dizer, o modo de operar é isolar o local onde ocorre o incêndio e este espaço continua completamente isolado enquanto as restantes estruturas e compartimentos estão num estado normal", acrescentou, confirmando que o "incêndio está extinto".

Sobre a trasfega do combustível que o navio transporta, Silva Rocha reiterou que "ainda não há decisão", insistindo que o "foco é meter o navio em segurança no porto".

Por sua vez, também a Marinha anunciou que fez inspeção técnica ao navio-tanque, permitindo que o reboque da embarcação para o porto de Leixões se iniciasse de tarde.

"Militares da Fragata Corte-Real, da Marinha Portuguesa, foram a bordo do navio-tanque 'Greta K' realizar uma difícil inspeção técnica, devido às condições do navio, ao fumo ainda intenso e às altas temperaturas que se faziam sentir no interior do navio", pode ler-se num comunicado.

De acordo com o texto, "os marinheiros percorreram os compartimentos, previamente identificados, onde poderiam existir focos de incêndio, dando o incêndio como, presumivelmente, extinto e permitindo assim avaliar a segurança do navio".

*Com Lusa

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