Depois de em junho ter anunciado que pretendia formar um partido político e referendar o seu nome numa viagem pelo distrito do Porto com uma urna de voto, Tino de Rans escolheu agora o Palácio de Belém para oficializar a recolha de assinaturas necessárias para a criação do novo partido, que pretende que seja “nacional” e “abrangente, a 360 graus”, tal como indica o nome Todo o Português (TOP).
“Na campanha dizia que quando fosse Presidente a primeira coisa que ia fazer era abrir o palácio ao povo”, disse, “e fico muito contente, porque o Marcelo não só me ouviu como está a levar a sério as minhas ideias”.
Para Tino, “o palácio é do povo e deve-se tirar o mofo ao palácio, deve-se arejar”.
“Amanhã sou apenas um cidadão que tenho esse privilégio de lá estar, porque o Marcelo abre a porta aos 20 milhões de portugueses, porque não somos 11 milhões, somos muitos mais”, vincou Vitorino Silva, congratulando-se com a Festa do Livro de Belém, promovida pela Presidência da República e dedicada à literatura lusófona.
Sobre o nome do novo partido que pretende criar, Tino explicou que inicialmente seria PA (Povo Acordar ou Partido Ânimo), mas “podia confundir-se com o PAN (Partido Pessoas Animais Natureza)” e então decidiu optar por uma das muitas sugestões de nomes que recolheu no âmbito do referendo que realizou “junto do povo”.
Andou pelo país, “sem focos”, a ouvir e a recolher a opinião de pessoas e, entre as sugestões recolhidas na sua urna, o TOP pareceu-lhe fazer sentido, porque “Todo o Português é o todo, são 360 graus, é um todo (...), é o defender tudo o que é português”, acrescentou.
“Não sou um político de fações. O problema deste país é que foi governado ao pé-coxinho, ou pela direita ou pela esquerda, e não pode ser assim”, disse, explicando que retirou o nome TOP “da minoria”, já que PA foi o nome mais votado entre os mais de 4.000 boletins de voto que entraram na sua urna.
E entre o seu “núcleo mole”, porque não tem "um núcleo duro", "porque as pessoas estão fartas de dureza”, o nome TOP vingou, pretendendo agora recolher as 7.500 assinaturas necessárias para a criação do novo partido.
Em Belém, Tino pretende também “comprar um livro português, de um escritor português e em português”, porque “o lema do TOP é todo o português”.
“Também gosto de livros (…). Vou comprar um livro na Festa do Livro, no palácio do povo e do Presidente, que percebeu o que eu percebi também, que é ir ao encontro do povo”, concluiu.
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