Numa declaração em Bute House, residência oficial da chefe do governo autónomo escocês, Sturgeon disse que os resultados do Partido Nacionalista Escocês (SNP) nas eleições de 12 de dezembro, nas quais conquistaram 48 dos 59 assentos eleitos na região, representam um "mandato democrático" para realizar um segundo referendo no final de 2020.

"A Escócia deixou muito claro na semana passada que não quer que um governo conservador liderado por Boris Johnson nos tire da União Europeia", afirmou a também líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP).

Um documento com os detalhes da proposta, incluindo um esboço da legislação, vai ser enviado hoje a Johnson, que disse anteriormente não concordar com um novo referendo, alegando que deve ser respeitado o resultado da consulta pública feita em 2014, quando 55% dos eleitores votaram contra a independência.

A via legal para realizar um novo referendo implica que o governo britânico transfira para o executivo escocês os poderes contidos na chamada Secção 30 da lei sobre a autonomia da Escócia, o que daria ao Parlamento escocês a capacidade de convocar um referendo, tal como aconteceu em 2012.

"Prevejo que, a curto prazo, vamos simplesmente ouvir uma repetição da oposição do governo do Reino Unido. Mas não devem ter a ilusão de que esse será o ponto final no assunto", avisou nicola Sturgeon.

O Partido Conservador ganhou as eleições legislativas com uma maioria absoluta de 365 deputados e reiterou a determinação em concluir o processo do 'Brexit' para fazer o Reino Unido sair da União Europeia (UE) a 31 de janeiro.

No referendo de 2016, quando 52% dos eleitores britânicos votaram a favor do 'Brexit', 62% dos escoceses votaram a favor da permanência do Reino Unido na UE.

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