“Penso que estamos a fazer progressos”, afirmou Rafael Grossi durante uma visita a Tóquio.

O chefe da AIEA disse que os inspetores visitaram vários locais, incluindo as piscinas de arrefecimento.

Ainda assim, Grossi admitiu que não tiveram acesso ao telhado onde a Ucrânia suspeita que as forças russas, que ocupam a central, tenham colocado minas ou explosivos.

“Tenho quase a certeza de que vamos obter a autorização”, afirmou. “É uma zona de combate, uma zona de guerra ativa, por isso, por vezes, pode demorar um ou dois dias a obter as autorizações”, explicou.

A Ucrânia, cuja central de Chernobyl, no norte do país, foi palco em 1986 da pior catástrofe nuclear da história soviética, acusou Moscovo, na terça-feira, de preparar “uma provocação” no local.

O exército ucraniano garantiu que “foram colocados objetos semelhantes a engenhos explosivos” nos telhados dos reatores 3 e 4 da central.

A Rússia, por seu lado, acusou Kiev de planear um “ato subversivo” na central.

Depois de ter caído nas mãos do exército russo, a 04 de março de 2022, a maior central elétrica da Europa foi alvo de ataques e cortada da rede elétrica em várias ocasiões, temendo-se um acidente nuclear de grandes proporções.