A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, anunciou ontem e cancelamento das aulas, na sequência dos confrontos entre manifestantes pró-Palestina e pró-Israel que decorreram na praça central do campus universitário.
Nas últimas horas, a universidade tem sido palco de confrontos, com a polícia de choque no local a tentar dispersar os manifestantes.
Segundo a Associated Press, a polícia removeu barricadas e começou a desmantelar um acampamento fortificado de manifestantes pró-Palestina na manhã desta quinta-feira no campus da UCLA, depois de centenas de manifestantes terem desafiado as ordens da polícia para sair, cerca de 24 horas depois de contra-manifestantes terem atacado um acampamento no campus.
A polícia destruiu a barricada do acampamento e abriu uma abertura em direção a dezenas de tendas de manifestantes. Os agentes também começaram a derrubar toldos e tendas.
Os manifestantes seguravam guarda-chuvas como escudos enquanto enfrentavam dezenas de polícias. Alguns dos manifestantes alertaram os seus colegas para estarem preparados com água, caso a polícia utilize gás lacrimogéneo ou outro irritante.
Há fotografias que mostram pelo menos cinco estudantes com as mãos atadas e circulam vídeos nas redes sociais onde é visível a polícia a disparar munições de impacto.
Protestos em mais de 30 universidades
Já na Universidade do Texas, no sul do país, a polícia desmantelou um acampamento de protesto durante o dia e anunciou a detenção de pelo menos 17 pessoas por "invasão criminosa", informou o centro de ensino.
Os agentes também desalojaram um acampamento montado dentro de um dos prédios da universidade jesuíta Fordham, em Nova Iorque, segundo as autoridades.
Do outro lado da cidade, as forças de segurança permaneciam mobilizadas na Universidade Columbia, epicentro do movimento de protesto estudantil, após a violenta desocupação da noite de terça-feira.
No norte, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), os manifestantes bloquearam uma avenida perto do campus de Cambridge durante o horário de pico na tarde de quarta-feira.
As manifestações foram registadas em pelo menos 30 universidades americanas desde o mês passado para protestar contra o número de mortos na Faixa de Gaza na guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas.
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