“As causas, naturalmente, serão investigadas" e “averiguadas”, afirmou o governante, numa conferência de imprensa, realizada esta noite, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Borba.
Questionado pelos jornalistas sobre se não era previamente conhecida a alegada fragilidade do troço da estrada que aluiu para o interior desta pedreira de mármore localizada neste concelho alentejano, o secretário de Estado disse não dispor de qualquer informação nesse sentido.
“Não tenho informação. Este é o momento do socorro e é isso que nós estamos aqui” a fazer, “a mobilizar os meios necessários para isso”, respondeu aos jornalistas.
O deslizamento de terras para a pedreira provocou, pelo menos, dois mortos, segundo divulgou o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro.
Trata-se, segundo o responsável, de dois operários da empresa que explora a pedreira.
As autoridades desconhecem, para já, o número de pessoas desaparecidas.
Uma retroescavadora e duas viaturas foram arrastadas para o interior da pedreira, devido ao aluimento de terras na antiga estrada nacional entre Borba e Vila Viçosa.
No encontro com os jornalistas, José Artur Neves insistiu que a atual operação é "de resgate e socorro", pelo que "este não pode, nem deve ser o momento para estar a avaliar" as causas do deslizamento de terras.
Segundo o governante, cabe às entidades responsáveis realizarem esse trabalho, enquanto a si próprio e ao Ministério da Administração Interna cabem a responsabilidade de "mobilizar os meios de socorro no âmbito da Proteção Civil".
O secretário de Estado, que transmitiu em nome do Governo as condolências e "uma palavra de conforto às famílias das vítimas, à câmara e à população" do concelho, garantiu que "estão mobilizados todos os meios necessários para, com toda a segurança, resgatar as vítimas".
Além disso, continuou, uma equipa de apoio psicossocial do INEM está a "apoiar as famílias das vítimas".
O governante reconheceu tratar-se de uma "situação crítica" e de "um incidente grave" e "de grande complexidade", que já verificou no local.
"Verifiquei no local essa grande complexidade, com o arrastamento de uma grande massa de solos com uma mistura de pedras que resvalou" para "um poço [pedreira] com cerca de 200 mil metros cúbicos de água, cheio de rochas e onde supostamente poderão estar também vítimas".
[Notícia atualizada às 23:06]
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