"O acordo político que sustenta o atual Governo não exige do PCP que mude a sua posição nem exige do PS que mude a sua posição", disse à Lusa o número dois do Governo.
Santos Silva comentou que PCP "tem uma posição que é conhecida", defendendo a necessidade de renegociar a dívida portuguesa - e que reafirmou, este fim-de-semana, no congresso em que Jerónimo de Sousa foi reeleito como secretário-geral do partido.
O PS, acrescentou, "tem uma posição que é conhecida, a de que não há um problema com a dívida portuguesa, mas que a Zona Euro, no seu conjunto, tem um problema de endividamento excessivo".
O governante destacou que "a sabedoria política" do primeiro-ministro, António Costa, permitiu "construir uma solução de apoio parlamentar que é estável e que permite que partidos políticos que têm opiniões diferentes em alguns pontos essenciais, designadamente no que diz respeito à Europa e ao euro, se entendam no sentido de viabilizar uma política de reposição de rendimentos e regresso à normalidade constitucional, assumindo os compromissos necessários do ponto de vista orçamental".
Antes, o ministro garantira que "ninguém duvida" que a "plataforma política" em Portugal é "europeia, democrático-liberal e de centro-esquerda, comprometida com emprego, crescimento económico e igualdade social".
Jerónimo de Sousa encerrou no domingo o XX Congresso do PCP apelando à renegociação da dívida e à libertação da "teia" do euro, numa reunião em que rejuvenesceu a direção e afirmou a independência partidária face ao PS.
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