“O Conselho de Governo determinou que a partir das 20:00 de 12 de fevereiro, isto é, da sexta-feira antes do Carnaval, serão encerrados todos os estabelecimentos de comércio não-essencial e serão encerrados todos os estabelecimentos de restauração, bebidas e similares, com exceção de ‘take-away’ e serviço ao domicílio”, adiantou Clélio Meneses.

O governante falava, em Angra do Heroísmo, numa conferência de imprensa de apresentação da atualização das medidas restritivas para combater a covid-19 nos Açores.

Segundo o secretário regional da Saúde, estão previstas ainda “a proibição de todas as festividades ligadas ao Carnaval e a proibição de circulação na via pública entre as 20:00 e as 05:00”, nesse período.

“São medidas objetivamente restritivas, mas são as necessárias para evitar aglomerados e comportamentos de risco. E são seguramente as medidas necessárias e adequadas para termos um grande Carnaval em 2022”, frisou.

Clélio Meneses justificou a decisão com o facto de terem chegado ao conhecimento da “organizações informais” em várias ilhas para esse período.

“Isto não é propício ao tempo que vivemos. Vivemos um tempo de grande risco, em que tem de haver uma grande contenção, porque qualquer distração, qualquer descuido pode levar a que aquilo que está a ser o bom resultado do comportamento da generalidade dos açorianos fique prejudicado”, sublinhou.

No dia em que arranca uma nova fase de vacinação contra a covid-19 nos Açores, o secretário regional da Saúde disse que “foram dadas instruções claras, objetivas e rigorosas para o cumprimento escrupuloso dos critérios de vacinação por todas as entidades responsáveis pela respetiva administração”.

Questionado sobre o ponto da investigação sobre possíveis violações do critério de administração de vacinas nos Açores, Clélio Meneses disse que essas situações ainda estão a ser apuradas.

“As listagens já foram entregues e estamos neste momento a fazer esta avaliação para posteriormente avançar com algum eventual processo de inquérito que responsabilize as pessoas que acabaram por ter esses comportamentos de violação dos critérios”, adiantou.

O governante sublinhou que a comprovarem-se irregularidades serão “situações de exceção”, destacando a “forma positiva e responsável como a esmagadora maioria das vacinas está a ser administrada”.

“Pelo que se ouve, há casos em que é referido que para não desperdiçar uma vacina foi administrada à pessoa que estaria mais próxima, mas tudo isso vai ser apurado para perceber se existe ou não alguma responsabilidade disciplinar por quem o fez”, apontou.

Os Açores têm atualmente 335 casos positivos ativos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, dos quais 282 em São Miguel, 36 na Terceira, 13 no Faial, três no Pico e um nas Flores.

Desde o início do surto, foram detetados na região 3.702 casos positivos de infeção pelo SARS-CoV-2, tendo ocorrido 26 óbitos e 3.240 recuperações.

(Notícia atualizada às 14h50)

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