Por despacho, o primeiro-ministro, António Costa, determina o encerramento, com exceção dos serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, “designadamente as Forças Armadas e as forças e serviços de segurança, que devem manter-se em estado de prontidão adequada, em termos a definir pelo ministro da Defesa Nacional e pelo ministro da Administração Interna, em articulação com o presidente do Governo Regional dos Açores”.
Considerando as previsões meteorológicas para os próximos dias na Região Autónoma dos Açores, que apontam para a passagem do furacão “Lorenzo” na quarta-feira, o primeiro-ministro informou que “é elevado o grau de prontidão e resposta operacional por parte das forças de segurança”, com reforço de meios para operações de vigilância e patrulhamento, e de eventual apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas.
Neste âmbito, o reforço de meios permite que seja “autorizada a interrupção da licença de férias e/ou suspensão de folgas e períodos de descanso”, segundo informação do gabinete de António Costa.
Além disso, “ficam dispensados do serviço público os trabalhadores da administração pública direta e indireta que desempenhem, cumulativamente, as funções de bombeiro voluntário”, salvo aqueles que desempenhem funções em serviço público de prestação de cuidados de saúde em situações de emergência, nomeadamente técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) e enfermeiros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e de forças de segurança.
O despacho assinado por António Costa surge após a decisão do Governo Regional dos Açores de encerrar os serviços públicos regionais nas ilhas dos grupos Central e Ocidental.
Os primeiros efeitos do furacão “Lorenzo”, atualmente na categoria 2, deverão começar a fazer-se sentir a partir da noite de hoje nos grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central dos Açores, com vento forte, agitação marítima e chuva.
"A partir da noite de hoje já se deverão começar a fazer sentir os efeitos do furacão nos grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Pico, São Jorge, Graciosa e Faial) - o vento forte, agitação marítima e alguma chuva. O período mais crítico será durante a madrugada e a manhã de quarta-feira", disse à agência Lusa o delegado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nos Açores, Carlos Ramalho.
Segundo o meteorologista, com a aproximação do furacão haverá um "agravamento gradual do tempo", mas as duas ilhas que compõem "o grupo Ocidental do arquipélago deverão ser as mais atingidas".
Segundo um comunicado do IPMA, divulgada esta manhã, às 09:00, o furacão "Lorenzo" – de categoria 2 na escala de Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5, sendo 5 o nível mais intenso) - encontrava-se "a aproximadamente 1.000 quilómetros a sudoeste da ilha das Flores, deslocando-se para nordeste a uma velocidade de 35 quilómetros por hora”.
O IPMA acrescenta que, "mantendo-se as previsões da trajetória, o centro do furacão deverá passar com categoria 1, na quarta-feira, ligeiramente a oeste das Flores, afetando especialmente o grupo Ocidental".
Porém, "todo o arquipélago sentirá efeitos do furacão".
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