Em resposta a questões da agência Lusa, fonte oficial da ACT indicou que a entidade “encontra-se a acompanhar a situação da greve convocada para os dias 25 e 26 de julho e pronta a intervir, caso se revele necessário”.

Os tripulantes de Portugal, Espanha e Bélgica cumprem greve quarta e quinta-feira, enquanto em Itália o protesto está marcado apenas para quarta-feira.

Acerca da anterior paralisação de tripulantes de cabine de bases nacionais, no período da Páscoa, a mesma fonte informou que a ACT está à espera de “informação complementar solicitada, após o que procederá à sua análise e conclusão da intervenção inspetiva”.

Na greve de 29 de março, 01 e 04 de abril, a ACT desenvolveu “intervenções inspetivas” nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro para “verificar a existência de alegadas irregularidades em matéria de substituição de trabalhadores grevistas”.

“Após a realização das visitas inspetivas de abril, tornou-se necessário solicitar à sede da Ryanair, em Dublin, Irlanda, bem como às suas subcontratadas Workforce e Crewlink um conjunto vasto de informação”, relatou a ACT à Lusa.

Depois de analisados os documentos enviados pelas três empresas e recebidos em maio, “considerou-se necessário solicitar esclarecimentos complementares às mesmas empresas”, pelo que a ACT “aguarda, presentemente, o envio da informação complementar solicitada, após o que procederá à sua análise e conclusão da intervenção inspetiva”.

A ACT informou ainda ter levado a cabo um “conjunto de outras diligências para apuramento de todos os factos”, como por exemplo junto do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e de outras entidades do setor.

“Por estarem ainda em curso diligências para apuramento de toda a factualidade, é prematuro nesta fase avançar com os resultados”, respondeu a autoridade.

Os sindicatos europeus dos tripulantes de cabine decidiram avançar para a greve para reclamarem a aplicação das leis laborais dos seus países, e não a irlandesa, assim como o reconhecimento dos representantes sindicais e as mesmas condições para os trabalhadores subcontratados pelas agências Workforce e Crewlink.

No âmbito da greve, a Ryanair decidiu cancelar voos, um número que em Espanha deverá chegar aos 400 e na Bélgica e em Portugal 200.

A companhia estimou que os cancelamentos possam envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados de e para Portugal (27%).

Numa nota divulgada segunda-feira, em que dava conta da descida em 20% dos seus lucros, no primeiro trimestre fiscal (até 30 junho), para 319 milhões de euros, a Raynair avisou que as greves “desnecessárias” podem resultar em reduções da operação no inverno (entre outubro e março) e da frota, assim como no número de postos de trabalho.

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