"É preciso que quem acusa um cidadão consiga fazer detalhadamente um relato, em termos de circunstâncias, de tempo, de lugar e de modo, da prática de um ou mais crimes", disse Augusto Ínsua Pereira, advogado da arguida tailandesa Sangam Sawaiprakhon, para quem a acusação do MP "é fraca (…), não é nada".

A tailandesa Sangam e o paquistanês Waseem Haider foram absolvidos hoje no tribunal de Matosinhos, por falta de provas, da acusação de terem matado e esquartejado em 2019 a mulher tailandesa Natchaya Saranyaphat, cuja cabeça foi encontrada dentro de um saco numa praia daquele concelho do distrito do Porto.

Estavam acusados pela prática, em coautoria, de um crime de homicídio e de outro de profanação de cadáver.

Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo de juízes de Matosinhos, Susana Pinto, salientou que a prova produzida em audiência "não permite" sustentar a tese de que foram os dois arguidos os autores dos crimes em causa.

"Não foi possível apurar quem, como e em que circunstâncias praticou os factos", acentuou.

Os autores dos crimes, sejam eles quem forem, "infelizmente vão continuar impunes", lamentou a juíza.

Face a esta decisão, os acusados, que estavam em prisão preventiva, foram imediatamente libertados.

A cabeça da vítima foi encontrada cerca das 10:00 do dia 07 de março de 2019 no areal da Praia de Leça da Palmeira, de acordo com relatos feitos na ocasião por fonte dos bombeiros voluntários locais.

Cerca de um mês depois, em 05 de abril, a Polícia Judiciária (PJ) deteve, como alegada autora do crime, a massagista de 52 anos e de nacionalidade tailandesa. Já em 15 de agosto desse ano, a PJ anunciou a detenção de um suspeito da autoria material do homicídio qualificado e da profanação de cadáver.

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