José Carlos Martins adiantou que o turno da noite de hoje está a ter uma adesão de cerca de 75%, tendo a adesão durante a manhã sido de 69,8% e à tarde 70,1%.
Segundo o sindicalista, a adesão nas várias unidades hospitalares do país foi “muito similar e uniforme”.
Comentando à Lusa as afirmações, na quarta-feira, do ministro da Saúde, de que o Governo tem “uma vontade enorme” de chegar a um entendimento com os enfermeiros sobre o modelo de carreira e valorização profissional, considerando que essa reivindicação é justa, José Carlos Martins disse que “o executivo só pode ser honesto e apresentar na reunião negocial de sexta-feira uma proposta que se aproxime das apresentadas pelos sindicatos” da classe.
O SEP tem já contabilizadas “centenas de cirurgias adiadas”, sendo que todas as cirurgias de urgência estão asseguradas pelos serviços mínimos.
Os enfermeiros iniciaram na quarta-feira um período não contínuo de seis dias de greve para exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.
No primeiro dia, a paralisação centrou-se exclusivamente nos hospitais (blocos operatórios e cirurgia de ambulatório) e foi hoje alargada a todas as instituições de saúde do setor público que tenham enfermeiros ao serviço.
A paralisação nacional dos enfermeiros repete-se nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro, dia em que está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir do Governo o cumprimento dos compromissos que assumiu mo processo negocial de 2017.
Os sindicatos exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.
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