“O pré-aviso de greve abrange cerca de 50 trabalhadores efetivos e 200 precários e os navios que se encontram no porto de Setúbal estão parados, sem operações de carga e descarga”, disse o dirigente do Sindicato dos Estivadores
A greve de dois dias convocada pelo Sindicato dos Estivadores pretende alertar para a situação de “extrema precariedade” que se vive no porto de Setúbal e para a necessidade de se concluírem as negociações do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com as entidades patronais do porto de Setúbal, ANESUL, Associação dos Agentes de Navegação e Empresas Operadoras Portuárias, e AOP, Associação de Operadores Portuários, que começaram em abril do ano passado.
“Estamos a entrar numa fase crítica das negociações, que prosseguem no próximo dia 12 de junho, em que temos de definir o número de trabalhadores que serão integrados no porto de Setúbal”, disse António Mariano, salientando que também há problemas com as carreiras dos trabalhadores efetivos.
“Há duas tabelas salariais para os trabalhadores efetivos. Os mais antigos podem subir até ao topo de carreira, mas os que entraram mais tarde não podem chegar ao topo, e é preciso corrigir tudo isso no novo CCT”, acrescentou.
Segundo António Mariano, a legislação aprovada para o setor em 2013 determinava que a contratação coletiva nos portos nacionais estivesse concluída um ano depois, mas, no porto de Setúbal, “as negociações só começaram em abril de 2017, um ano depois de terem sido fechadas as negociações no porto de Lisboa”.
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