À saída de uma iniciativa no Museu da Presidência da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado foi questionado sobre a decisão do grupo José de Mello Saúde de desistir da suspensão das convenções com a ADSE em todas as unidades da rede CUF, que teria efeitos a partir de meados de abril.

"Não tenho nada a dizer de especial. O que tinha a dizer sobre a ADSE já disse e penso que os acontecimentos vieram dar razão, no sentido de que era importante haver um esforço de concertação de pontos de vista", respondeu o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a defender que o subsistema de saúde da função pública deve ser preservado. "Tudo o que seja feito para que a ADSE seja forte, seja viva e os beneficiários possam continuar a usufruir do que é uma realidade, uma obra de interesse coletivo, é bom", disse.

Quanto à polémica em torno da nota da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da legislação que proíbe a publicidade institucional por parte dos órgãos do Estado e da Administração Pública de atos, programas, obras e serviços até às eleições de 26 de maio para o Parlamento Europeu, o chefe de Estado não quis fazer nenhum comentário.

Marcelo Rebelo de Sousa apenas confirmou que a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) lhe pediu uma audiência sobre esta matéria, mas referiu que esta "ficou de enviar primeiro uma documentação, que deve estar a chegar".

O chefe de Estado marcará essa reunião com a ANMP "logo que chegue a documentação, para saber do que se trata", escusando-se a falar sobre este tema, até lá.

"Espero a documentação vinda da Assembleia Nacional de Municípios. Vou analisá-la e depois, se for caso disso, direi alguma coisa", afirmou.

Antes, Marcelo Rebelo de Sousa esteve na parte final de uma cerimónia de apresentação do Prémio Arquivo.pt 2019, que tem o alto patrocínio da Presidência da República, destinado a fomentar trabalhos inovadores que tenham como fonte de informação este portal.

O portal Arquivo.pt recolhe ficheiros publicados na Internet desde 1996 - incluindo informação institucional da Presidência da República ao longo deste período - e preserva-os, como fragmentos do património nacional, tornando-os acessíveis ao público para pesquisa.

"Este é um domínio em que nós sentimos que devemos investir muito mais", declarou o chefe de Estado, na presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

"É preciso fazer muito mais", reforçou Marcelo Rebelo de Sousa.