O príncipe Andrew anunciou na quarta-feira, dia 21, a sua retirada da vida pública "por tempo indeterminado" devido ao caso Epstein. O segundo filho da rainha Isabel II foi acusado de manter relações com uma jovem de 17 anos, supostamente apresentada pelo empresário, algo que o príncipe nega.

"Acreditamos que ninguém está acima da lei e que qualquer pessoa deve responder a perguntas se tem informações pertinentes. E é claro que ele [príncipe Andrew] tem informações pertinentes", declarou Lisa Bloom à BBC Radio 4, de acordo com Huffington Post.

"Sabemos que o príncipe Andrew teve vários contactos com Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell [acusada de 'recrutar' as vítimas] e somos da opinião de que deveria falar com a polícia e com os advogados das vítimas, como eu", acrescentou a advogada que representa cinco das alegadas vítimas de Epstein.

Bloom fez um apelo aos funcionários que trabalham com o príncipe para que forneçam informações e provas, tais como e-mails, calendários ou agendas de viagem.

No comunicado de quarta-feira, Andrew afirmou estar "totalmente disposto a colaborar com a justiça em qualquer investigação, se necessário".

O príncipe recebeu duras críticas não só pela falta de empatia que transmitiu durante a entrevista para com as vítimas, mas também por não ter questionado a sua amizade com Epstein.

A advogada destacou a diferença entre o comunicado, em "que provavelmente recebeu ajuda para o escrever", e a entrevista exibida pela BBC, "na qual durante uma hora não mostrou a mínima empatia com as vítimas e não teve qualquer credibilidade nas suas respostas".

(Notícia atualizada às 15:17. Corrige o segundo parágrafo do texto.)