Em resposta a perguntas dos jornalistas, em San Diego, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que espera terminar o mandato, em março de 2026, "com a alegria de ver não só escolhida uma localização, não só começada a obra do aeroporto, como até porventura já uma solução transitória, se não a definitiva, em marcha".

O chefe de Estado referiu que o encontro de sexta-feira entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Luís Montenegro, até permitiu ultrapassar "divergências até agora" quanto à localização, "na base do estudo de avaliação ambiental, mas também da ponderação de tudo o que já está estudado".

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que "já há muito tempo" tem apelado ao diálogo político sobre esta matéria, defendendo que "os partidos que têm um peso maior no parlamento têm uma responsabilidade enorme de dar o exemplo de entendimento".

"É fundamental, porque o aeroporto não vai ser para este Governo, vai ser para o país e, portanto, é para este Governo, para o Governo a seguir a este Governo, para o Governo a seguir ao Governo a seguir a este Governo", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava durante um encontro com emigrantes portugueses e lusodescendentes em San Diego, no estado norte-americano da Califórnia, primeiro ponto de uma visita de cinco dias à Costa Oeste dos Estados Unidos da América.

O primeiro-ministro anunciou no fim da reunião de sexta-feira com o PSD – em que também participaram o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o dirigente social-democrata Miguel Pinto Luz – que houve convergência quanto à metodologia a seguir e que uma futura comissão técnica irá estudar várias localizações para um novo aeroporto, além do Montijo e Alcochete, incluindo Santarém.

Por sua vez, o presidente do PSD considerou que houve por parte do Governo um "acolhimento generalizado" das preocupações do seu partido e que há condições para que, dentro de cerca de um ano, o executivo possa tomar uma decisão final sobre esta matéria.

* Por Inês Escobar de Lima, enviada da agência Lusa