Na conferência de imprensa no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva foi questionada sobre as declarações do presidente do PSD que disse não reconhecer “autoridade política” ao ministro das Infraestruturas para intervir no diálogo sobre o aeroporto e também sobre a notícia do Expresso de que seria o primeiro-ministro a gerir este dossiê.

“Obviamente não comentando quaisquer declarações, queria dizer que não houve nenhuma alteração na orgânica do Governo nem no que diz respeito às funções e responsabilidades de cada um dos ministros, nem no que diz respeito às funções de coordenação transversal que o primeiro-ministro tem sobre o Governo”, afirmou a ministra.

Mariana Vieira da Silva salientou que “não há nenhuma mudança na forma como o Governo está organizado”, e recusou responder ao líder social-democrata.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu hoje que não reconhece “autoridade política” ao ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para intervir no diálogo sobre o aeroporto e que o interlocutor no Governo é o primeiro-ministro.

“Do ministro das Infraestruturas, sinceramente não lhe reconheço autoridade política para poder intervir neste diálogo porque eu nunca sei, nem os portugueses sabem, se ele está ou não sintonizado com o primeiro-ministro”, considerou, em declarações aos jornalistas em Lisboa, à margem de uma iniciativa com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas.

Na quarta-feira, o ministro Pedro Nuno Santos responsabilizou o PSD pelos atrasos no aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa.

“Eu aproveito para dizer que o nosso interlocutor no Governo é o doutor António Costa, primeiro-ministro, não é o ministro das Infraestruturas. Eu sei que ele tem andado um bocadinho desnorteado, eu diria mesmo que ele não acerta uma”, afirmou hoje o presidente do PSD.

Numa referência às declarações do ministro socialista, Montenegro quis “clarificar” uma das críticas em particular: “Não há uma lei que tenha ultrapassado o chamado poder de veto dos municípios porque o PS não se entendeu com os seus colegas de coligação governativa e parlamentar na altura, que era o PCP e o BE”, disse.

“Querer endossar essa responsabilidade ao PSD é manifestamente deturpar a verdade dos factos”, considerou.

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