Não há celebrações do dia a nível público, com a proibição da utilização da bandeira nacional afegã – em uso até à chegada dos talibãs -, do hino nacional e de canções patrióticas, segundo a agência Efe.
Por isso, a maior parte das iniciativas teve lugar em privado ou sob a forma de mensagens festivas nas redes sociais. Antes da chegada dos fundamentalistas, os afegãos celebravam este dia com grandes eventos públicos e governamentais, desfiles e o hino nacional ou música tradicional.
O único evento público teve lugar no Ministério da Defesa, onde vários altos funcionários e ministros do governo de facto dos talibãs aproveitaram a ocasião para condenar a intervenção internacional no país durante o seu anterior regime (1996-2001).
O Afeganistão foi libertado do domínio britânico em 1919 sob a liderança do rei Ghazi Amanullah Khan, uma figura de grande importância na sociedade afegã, mas criticada pelos talibãs, que consideram que contribuiu para a ocidentalização do país.
No entanto, desde que os talibãs chegaram ao poder, em agosto de 2021, têm criticado abertamente e denegrido o seu legado. Neste período, apagaram imagens suas nas ruas e a ministra do Ensino Superior talibã, Neda Mohammad Nadim, culpou-o em 2022 de ser responsável por levar a educação feminina, “um conceito estrangeiro”, para o país.
Em 15 de agosto de 2021, os talibãs entraram em Cabul sem resistência, provocando a fuga do Governo e o colapso da coligação ocidental liderada pelos Estados Unidos que os tinha expulsado do poder 20 anos antes.
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