A polícia disse inicialmente que drones (aparelhos aéreos não tripulados) tinham sobrevoado duas centrais nucleares suecas em Forsmark, a norte de Estocolmo, e em Oscarshamn, na região sudeste do país.
Mas, mais tarde, os serviços secretos, conhecidos pelo acrónimo sueco SAPO, indicaram que um outro drone tinha sido visto a sobrevoar uma terceira central nuclear, localizada em Ringhals, a maior das três estruturas e fica na costa oeste do país.
Neste momento, a polícia não tem suspeitos.
“No que diz respeito aos casos destes sobrevoos de drones em três centrais nucleares, a avaliação feita levou a que as investigações preliminares fossem retiradas às autoridades policiais a fim de se poder investigar os incidentes de forma mais pormenorizada”, informaram os serviços secretos suecos, em comunicado.
Na sexta-feira, a polícia foi alertada para a presença dos drones, mas perdeu o rasto dos aparelhos.
Segundo a imprensa sueca, os drones eram suficientemente grandes para suportar o vento forte que soprava sobre a área.
Hans Liwang, professor do Colégio de Defesa Nacional Sueco, afirmou à televisão nacional SVT que a Suécia não está bem preparada para este tipo de acontecimento.
“Não adaptámos muito a nossa forma de ver este tipo de evento à realidade de hoje”, disse o académico.
“Ainda pensamos no mundo como estando em paz ou em guerra”, acrescentou.
Em 2019, o reator 2 da central de Ringhals, no sudoeste da Suécia, foi permanentemente fechado, tendo os operadores justificado a medida com o aumento dos custos de manutenção da operação e com a ausência de lucro.
A par desta estrutura, existem outras duas centrais nucleares desativadas na Suécia: Barseback, que fica numa estreita via navegável entre a Suécia e a Dinamarca, e Agesta, a sul da capital sueca de Estocolmo.
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