“O que posso dizer do ponto de vista pessoal é que me parece importante evitar a macrocefalia e, portanto, se for possível que ela [EMA] se situe numa outra zona do país que não seja aquela que já acolhe as duas agências que lá existem, isso seria excelente, como é evidente e, portanto, espero que sim, que isso possa vir a acontecer”, declarou.

Pedro Passos Coelho falava à entrada para uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), que antecede uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), na qual os 27 vão adotar os critérios objetivos que serão tidos em conta para, em outubro, o Conselho Europeu eleger as cidades que sucederão a Londres como sedes da Agência Europeia de Medicamentos, à qual Portugal concorre, e da Autoridade Bancária Europeia (EBA).

“É importante que os critérios possam servir para que o Governo em Portugal apure com rigor quais são as áreas, as cidades, as zonas do país que estão em condições de preencher esses critérios e de poder ter, portanto, uma candidatura bem sucedida, que é como quem diz, portanto, não andar com o carro à frente dos bois” afirmou.

Segundo o líder do PSD, é necessário “primeiro ver quais são os critérios, depois ver quem é que, de uma forma muito transparente e competitiva, preenche as condições para poder candidatar-se”.

“O nosso interesse é que realmente essa agência possa vir a fixar-se em Portugal. Sabemos que não é fácil, porque Portugal já tem duas agências europeias, há países dentro da UE que não têm qualquer instituição desta natureza. Portanto, é preciso mesmo ver, em função dos critérios que vierem a ser aprovados (…) que hipótese é que Portugal tem de facto de vir a acolher essa agência e qual é a localização preferível para que isso aconteça”, sublinhou.

Na carta-convite dirigida aos chefes de Estado e de Governo da UE para a cimeira de hoje e sexta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, adianta que, depois do jantar de trabalho de hoje noite, vai convidar os 27 líderes (sem o Reino Unido) a permanecer mais um pouco, para um breve ponto da situação sobre as negociações com Londres para a concretização do ‘Brexit’ – que tiveram início na passada segunda-feira – e para adotar “o procedimento para a recolocação das agências com sede no Reino Unido”.

No passado sábado, o Governo anunciou que iria reabrir o processo de candidatura de Portugal a acolher a Agência Europeia do Medicamento de forma a incluir também a cidade do Porto.

Portugal deve apresentar a sua candidatura definitiva (Lisboa ou Porto) até final de julho, estando a decisão do Conselho Europeu prevista para outubro próximo.

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