“Soube-se hoje que a Ministra da Agricultura mentiu aos portugueses. Ao contrário do que Maria do Céu Antunes tinha afirmado, a futura lei orgânica da CCDR não irá consagrar que um dos quatro vice-presidentes destas entidades intermédias da Administração Pública venha a tutelar a pasta da Agricultura”, lamentou hoje a CAP.
A notícia foi hoje avançada pelo Público, citando uma fonte oficial do Ministério da Coesão Territorial, que avançou ainda que não está previsto que os atuais diretores regionais da agricultura assumam a vice-presidência das CCDR.
Para a CAP esta é uma “situação muito grave”, que não pode passar sem consequências.
“E se é gravíssimo que a ministra da Agricultura tenha mentido, também é gravíssimo que a futura composição das CCDR não inclua um responsável de topo com a gestão do pelouro da Agricultura e do Mundo Rural”, vincou.
A confederação presidida por Eduardo Oliveira e Sousa sublinhou ainda que, a cada dia, a agricultura perde competitividade e desperdiçam-se recursos, quando está em curso “o desmantelamento sem sentido do Ministério da Agricultura”.
Neste sentido, a CAP apelou ao primeiro-ministro para que resolva a “incompreensível descoordenação entre ministérios, para que termine com as sucessivas manifestações de incompetência e para que ponha ordem no Governo”.
Por outro lado, pediu que seja esclarecido o que vai acontecer com as Direções Regionais de Agricultura (DRA), após integração nas CCDR, considerando que “a situação de indefinição não serve o país”.
A Lusa contactou o Ministério da Agricultura, mas não obteve resposta.
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