“Há um compromisso por parte da sra. ministra de encontrar algumas respostas e de nos voltarmos a encontrar na próxima semana. Até lá, vamos aguardar”, disse no final aos jornalistas José Estêvão, um dos representantes dos agricultores da região.

José Estêvão foi um dos participantes na reunião por videoconferência que representantes dos agricultores dos concelhos de Alcochete, Moita e Montijo tiveram com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e que decorreu na Câmara Municipal de Alcochete, no distrito de Setúbal.

Questionado pelos jornalistas, o representante dos agricultores considerou que as garantias de um novo encontro e de que o Governo vai encontrar respostas é suficiente para suspender os protestos, mas frisou que a decisão final cabe aos agricultores.

“Quanto a mim, mas isso ainda vai ser debatido entre todos, [essas garantias] são suficientes para suspender, não acabar, mas suspender”, afirmou, acrescentando que essa “é uma decisão de todos os agricultores”.

Desde quinta-feira que os agricultores portugueses se têm manifestado pela valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

O Governo avançou com um pacote de ajuda de mais de 400 milhões de euros destinados a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), garantindo que a maior parte das medidas entra em vigor este mês, com exceção das que estão dependentes de ‘luz verde’ de Bruxelas.

A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros em 26 de fevereiro.

Os protestos dos agricultores portugueses são organizados pelo Movimento Civil de Agricultores, que se juntou às manifestações que têm ocorrido em outros países europeus, incluindo França, Grécia, Itália, Bélgica, Alemanha e Espanha.