Segundo a imprensa local, a empresa informou que não avançará com o seu plano original de oferecer a oito vencedores de um concurso uma noite numa das maiores maravilhas da arquitetura antiga, considerada património da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O concurso, designado Noite na Grande Muralha, foi permitido pelas autoridades chinesas, assegura a Airbnb, mas suscitou críticas entre a opinião pública chinesa.

“A Grande Muralha é património histórico sob proteção, como é possível que permitam a sua conversão para alojamento”, reagiu um internauta na rede social Weibo, equivalente ao Twitter na China.

“Agora, até relíquias antigas podem ser alugadas para ganhar dinheiro”, questionou outro.

O alojamento envolvia a conversão de uma atalaia da Grande Muralha, monumento com 2.600 anos, em dupla habitação, com cama, decoração e iluminação por velas, mas sem eletricidade, ligação à internet, ar condicionado ou televisão.

Não é proibido pernoitar na Grande Muralha, mas leis que visam a proteção e conservação do monumento, que se estende ao longo de 21.000 quilómetros, proíbem a construção de instalações que não sejam para a conservação deste.