Björn Höcke cede aparentemente a um ultimato da liderança da Alternativa para a Alemanha (AfD), que tinha pedido a no dia anterior que o movimento, batizado com o nome de "A Ala" e que representa aproximadamente um quinto dos membros, se dissolvesse

Numa entrevista à revista de extrema-direita alemã Sezession, Höcke condenou o ultimato, mas considerou que estava apenas a acelerar uma dissolução que, aos seus olhos, já estava em andamento.

"Esse apelo chega num momento mau e atrapalha um processo que a 'Ala' está a executar há muito tempo, para que pertença à história", disse.

"O que estamos a pensar há muito tempo vai acontecer mais rápido", após a crise da liderança da AfD, acrescentou, acusando o partido de ter cedido à pressão internacional.

No entanto,  Björn Höcke alertou que não pretendia, juntamente com os seus cerca de 7000 apoiantes, desistir das suas convicções.

A pressão sobre o grupo radical aumentou recentemente após a decisão do serviço de inteligência alemães de o colocar sob vigilância policial, devido ao perigo que  representa para o Estado.

A sanção ocorreu no contexto de uma onda de terrorismo de extrema-direita, com três ataques cometidos em menos de um ano.

O último ocorreu em fevereiro passado em Hanau, perto de Frankfurt, em que um agressor racista matou nove pessoas de origem estrangeira, antes de cometer suicídio.

A AfD foi acusada de ter incentivado os ataques com o seu discurso  anti-imigrantes.

O movimento liderado por  Höcke representa o "principal" perigo para a democracia do país, 75 anos após o nazismo, segundo os serviços de inteligência. Höcke e os seus apoiantes questionam particularmente a cultura de arrependimento da Alemanha por crimes nazis.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.