O ministro da Saúde, Karl Lauterbach, disse que a marca de 30 milhões de novas doses de vacina aplicadas, que estava prevista para até 31 de dezembro, foi ultrapassada hoje, com 25 milhões de doses de reforço e cinco milhões para vacinações para primeira ou segunda doses.

A meta tinha sido estabelecida em 18 de novembro – antes mesmo de o novo chanceler, Olaf Scholz, ter tomado posse, em 08 de dezembro — numa estratégia desenhada para conter o aumento do número de casos diários provocado pela variante Delta, após o ritmo de imunizações ter diminuído, desde o verão.

Este objetivo tornou-se ainda mais urgente com o aparecimento da variante Ómicron, altamente contagiosa, que se tem espalhado pela Europa.

O esforço de vacinação na Alemanha tem sido irregular: os primeiros meses deste ano foram marcados pela falta de vacinas, o que atrasou o processo, mas o ritmo de aplicação de doses aumentou substancialmente na primavera e início de verão, tendo desacelerado de novo no outono.

Atualmente, com as restrições impostas pelo Governo às pessoas não vacinadas que tentam entrar em lojas, restaurantes e transportes, o ritmo de vacinação voltou a aumentar, tendo atingido um recorde diário de 1,6 milhão de doses em 15 de dezembro.

Mesmo assim, o Governo alemão viu-se obrigado a adiar uma outra meta, a de imunizar 80% da sua população, que passou de 07 de janeiro de 2022 para o final desse mês.

Neste momento, na Alemanha, 58,9 milhões de pessoas estão totalmente vacinadas, 70,8% da população e a agência federal de controle de doenças, Instituto Robert Koch, disse que o número real de vacinados pode ser até 5% maior, devido a lacunas nos relatórios.

A Alemanha recomendou a vacinação a todos os jovens de 12 a 17 anos e para crianças de cinco a 11 anos com problemas de saúde. As crianças de 5 a 11 anos sem problemas de saúde podem ser vacinadas se os seus pais assim o desejarem.