
O SPD, partido do chanceler cessante, Olaf Scholtz, vai juntar-se a uma coligação liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), de direita, de Merz, e pelo partido parceiro da Baviera, a União Social Cristã.
A União Democrata-Cristã (aliada à sua congénere bávara União Social-Cristã) venceu as eleições com 28,6% dos votos, seguida da força de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, com 20,8%), do SPD (16,4%), dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).
Os sociais-democratas do SPD tiveram o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial (1945), ficando em terceiro lugar.
Os conservadores precisam de apoio para reunir uma maioria parlamentar que exclua a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita e anti-imigração, que ficou em segundo lugar.
Os sociais-democratas submeteram o acordo de coligação alcançado no início de abril a uma votação eletrónica junto dos mais de 358 mil membros, que votaram nas últimas duas semanas.
O partido anunciou hoje que 56% dos membros votaram, dos quais 84,6% a favor da coligação.
O acordo prevê que os sociais-democratas venham a ocupar os ministérios das Finanças, da Justiça e da Defesa, entre outros cargos governamentais.
A CDU e a CSU aprovaram previamente o acordo.
A Câmara Baixa do Parlamento alemão vai reunir-se no dia 6 de maio para eleger Merz como o 10.º líder do país desde a Segunda Guerra Mundial.
A coligação pretende estimular o crescimento económico, aumentar as despesas com a defesa, adotar uma abordagem “mais rigorosa” em relação à migração e recuperar a modernização.
A coligação tem uma maioria relativamente condicionada: com 328 dos 630 lugares do Bundestag (Parlamento).
O mesmo tipo de coligação já governou a Alemanha na passado: uma vez na década de 1960 e depois em três dos quatro mandatos da ex-chanceler Angela Merkel (CDU), que liderou o país de 2005 a 2021.
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