A abertura da apresentação de candidatura de Alexandra Leitão a Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, ficou a cargo de Manuel Alegre que destacou os grandes problemas da pobreza na capital do país, nomeadamente os “que foram expulsos pela especulação imobiliária” e apelou a uma “frente de esquerda”.
Pediu ainda inspiração nos “exemplos de Jorge Sampaio e João Soares que lideraram em Lisboa a primeira maioria de esquerda”.
Sobre a candidata Alexandra Leitão, elogiou o facto de “não ter papas na língua, dizer o que é preciso dizer e porque fará o que é preciso fazer”.
A candidata chegou depois para apresentar o seu programa e lançar críticas ao atual presidente da capital Carlos Moedas. "As eleições não são um projeto pessoal nem se ganham no dia da votação, por isso, deixo-vos aqui o apelo: juntem-se a nós e sejam parte desta mudança".
Começou por se comprometer a fazer uma a aposta na “habitação acessível que tem de ser uma prioridade estratégica”.
Quer “mais arrendamento acessível para os jovens para que os jovens e as famílias possam viver na cidade sem hipotecar o futuro”. Sublinha ainda que Carlos Moedas fez um “erro estratégico” ao “arrastar os projeto de renda acessível” deixados pelo anterior executivo do PS.
Quer ainda uma política de “construção, reabilitação urbana e programas de apoio ao arrendamento”. E promete “o mínimo” de em oito anos, construir “mais do que os 7 mil fogos previstos pelo atual executivo”.
Focou-se depois na segurança um problema bastante debatido nos últimos meses em Lisboa. "Segurança em Lisboa não é uma questão ideológica nem pode ser reduzida a sounbites populistas", refere.
Lançando mais farpas a Moedas diz que este fez “operações cosméticas” e tentou “varrer os problemas para o lado sem os resolver”.
Sublinhou que existem “bairros sequestrados pelo tráfico e o consumo de droga” que são “ilhas da própria cidade”. Neste sentido quer que se combine segurança, reabilitação urbana e apoio social e também “mais policiamento de proximidade”.
Diz ainda que o problema não se resolve “pedindo mais câmaras de videovigilância” e refere que Moedas apenas instalou "pouco mais de 30 em três anos”, mas o anterior executivo tinha aprovado 216.
Depois de mais críticas ao atual executivo, diz por fim que “Lisboa precisa de uma liderança real, que decida em diálogo, não de cenários fabricados ou de mera propaganda”, sendo que irá fazer “um debate político transparente, honesto e consequente”.
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