Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), disse à agência Lusa que a perceção que tem dos contactos com hoteleiros e parceiros é a de que a ocupação vai estar perto da lotação máxima, confirmando a tendência de resultados positivos que o setor regista desde o início do ano.
“O que sentimos é que, no fim do ano, e particularmente na semana da passagem de ano, o Algarve vai ter uma taxa de ocupação muito próxima dos 100%, sobretudo nos quatro/cinco dias de 28 a 31”, afirmou o presidente da RTA, sublinhando que “a procura é muito forte” e já “há programas esgotados”.
Desidério Silva reconheceu que “há outras regiões do país com mais tradições no Natal do que o Algarve”, mas considerou que “a região está consolidada como destino de passagem de ano” e “tem ofertas desde a restauração, até espetáculos de rua com cartazes muito bons em várias cidades e hotéis com programas excecionais”, proporcionando aos visitantes uma “escolha diversificada e para vários preços”.
“Ao longo do ano, os números foram dando sinais de superar os do ano passado e, até novembro, todos superaram os [homólogos] de 2015. Dezembro está neste registo e o fim de ano apenas vem confirmar e consolidar aquilo que foi um ano excelente para a região”, afirmou o presidente do Turismo do Algarve.
Já Elidérico Viegas, presidente da principal associação hoteleira do Algarve, observou que o calendário este ano não é tão favorável para o setor, por o Natal e, sobretudo, o dia de Ano Novo, coincidirem com o fim de semana.
“Normalmente, quando o fim de ano proporciona pontes e a permanência de mais dias, é melhor. Este ano isso não vai acontecer, porque dia 01 é a um domingo”, disse o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
Elidérico Viegas acrescentou que a tendência este ano é para uma menor procura da região por parte de turistas nacionais, mas esse fator vai ser equilibrado com o incremento dos visitantes estrangeiros.
“Os portugueses, porventura, vão registar, na linha do que vem acontecendo desde o início do ano, também uma descida, mas essa descida está a ser compensada pelo aumento da procura externa”, afirmou o presidente da AHETA, estimando uma subida mensal da ocupação em dezembro “5% a 6% superior à verificada em 2015, na linha do que tem acontecido desde o início do ano”.
Elidérico Viegas frisou que as subidas no volume de negócios dos hotéis algarvios “têm sido maiores” que as da ocupação e estão cifradas “nos 12,5%” devido ao “aumento da procura externa” e à “recuperação dos preços, que tinham sido esmagados pela crise”.
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