Em declarações à agência Lusa, Sandra Godinho, dirigente da Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos (aECO) e responsável pelo projeto, indicou que “foram precisas mais de duas horas para retirar o material poluente do fundo do mar, numa operação que contou com várias entidades”.

“Além dos voluntários da associação, participaram nas operações de resgate das baterias a Polícia Marítima, mergulhadores da Universidade do Algarve e pescadores”, adiantou.

As três baterias, com cerca de 50 quilogramas cada, “são idênticas às que são usadas para acumular energia dos painéis solares instalados nas embarcações, desconhecendo-se quem as ali terá deixado em plena Ria Formosa”, sublinhou Sandra Godinho.

Segundo Sandra Godinho, os equipamentos de grande porte, sinalizados há algum tempo pela Polícia Marítima e pelos pescadores que operam a partir do cais da Culatra, foram removidos e entregues às autoridades marítimas para “procederem às diligências necessárias que possam identificar o ou os autores deste crime ambiental e encaminhá-los para o sistema de gestão de resíduos”.

A ação de resgate dos materiais decorreu no âmbito da campanha “Ria Formosa livre de plásticos”, com o apoio da European Outdoor Conservation Association, da Associação de Moradores e Amigos da Ilha da Culatra, da Universidade do Algarve e da Capitania do Porto de Olhão.

A associação aECO tem agendadas para o mês de julho várias atividades de limpeza ambiental, entre as quais a limpeza do porto de abrigo da ilha da Culatra, uma das ilhas-barreira da Ria Formosa, no distrito de Faro.