O diretor da TFA, Justin Adams, afirmou, na abertura da quarta reunião anual da organização, em Bogotá, Colômbia, que existe urgência em encontrar soluções para o problema e acrescentou que é necessária a participação de todos os setores da sociedade.

“Temos de avançar com todo o tipo de ações adotadas pelos governos e pela sociedade civil, mas temos de avançar, passar das ações individuais às ações coletivas, e para isso é necessária uma colaboração sem precedentes”, frisou.

A TFA, fundada em 2012 e com sede em Genebra, na Suíça, reúne 33 países e procura contribuir para o desenvolvimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas.

Justin Adams reconheceu que implementar planos coletivos é complexo porque “requer tempo, paciência e saber escutar”, mas sublinhou que “é indispensável” pois “não se pode esperar mais”.

“As florestas são fundamentais para corrigir e evitar as alterações climáticas e o colapso ecológico, adiantou Adams, para quem existem exemplos positivos em alguns países que encontraram um caminho para travar a desflorestação.

Nesta mesma linha de raciocínio expressou-se Fabiola Zerbini, coordenadora da TFA para a América Latina, para quem “existem ameaças, debilidades e desafios” que só se podem superar com a estreita colaboração entre os governos e os cidadãos.

“Isto só se vai alcançar com a estreita colaboração desde o global até ao local, de todos os setores sociais e governamentais. Faz-se com diálogo honesto, transparente, construtivo e crítico”, declarou.

A coordenadora assinalou que as alianças sul-sul são oportunidades regionais para trabalhar em prol das florestas tropicais e considerou que os povos indígenas devem entrar “em instâncias globais de discussão”.

Para explicar o panorama da desflorestação no mundo, Frances Seymour, da organização World Resources Institute (WRI), sublinhou que no ano passado perderam-se 12 milhões de hectares de florestas tropicais, o que equivale aos territórios da Nicarágua e metade do Reino Unido.

Seymour acrescentou que o Gana registou no ano passado 10.000 hectares perdidos e manifestou-se preocupada com a situação na Colômbia, onde houve um aumento progressivo de hectares desmatados nos últimos anos.

Por seu turno, David Nabarro, conselheiro especial do secretário-geral da ONU, disse que as florestas “são o ativo mais valioso que existe no mundo”, pois “sem elas não se podia pensar a sobrevivência”.

“As florestas são essenciais para sustentar a vida. As florestas produzem o oxigénio do qual dependemos para podermos respirar e se destruirmos as florestas destruímos os nossos pulmões e não podemos viver sem respirar”, vincou.