O almoço, noticiado pela CNN, entre Pedro Nuno Santos, Francisco Assis e Ascenso Simões, foi caracterizado por Pedro Nuno Santos como "um almoço de amigos". Apesar disso, Assis disse ter sido convidado para o encontro e admitiu que a atualidade política foi o prato forte deste almoço, ainda que também tenha afirmado “não ser conselheiro de ninguém”.

Nas últimas horas, Francisco Assis não tem escondido que está fora da corrida à sucessão de António Costa e, segundo o Observador, disse o mesmo a Pedro Nuno Santos neste encontro.

Esta terça-feira, Ascenso Simões escreveu um artigo de opinião no Expresso onde defendia uma candidatura de Francisco Assis ao PS, estando agora essa hipótese arrumada na gaveta.

Em entrevista ao Público, Assis já afirmou que “Pedro Nuno Santos vai ser uma figura do futuro do PS. Tem uma grande força interior, é um homem que tem ideias políticas – que não são as mesmas que eu tenho, como é sabido em muitos campos. Se quisermos falar de estar mais à esquerda ou mais à direita, ele seguramente está um pouco à minha esquerda, se quisermos usar essa terminologia. Tem mérito, tem qualidades.”

Em declarações à LUSA, Francisco Assis defendeu que os mais altos responsáveis do PS devem entender-se em torno de uma nova liderança "agregadora", de unidade e "sem medo" de enfrentar eleições legislativas antecipadas. Na mesma declaração, Assis advertiu que o país vive "um tempo excecional que reclama um especial sentido de responsabilidade individual e coletiva".

"Não podemos passar a ideia de que estamos agarrados ao poder e com receio do voto popular. O PS é um grande partido democrático e tem todas as condições para enfrentar com sucesso os desafios do futuro", acrescentou.