A rede será criada no âmbito do projeto URSA - Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva, que já está em curso com a primeira unidade experimental, situada no concelho de Serpa, no distrito de Beja, explicou a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Segundo a EDIA, num comunicado enviado à agência Lusa, a criação da primeira unidade do projeto já tem financiamento aprovado pelo Fundo Ambiental Português, através do programa Apoiar a Transição para uma Economia Circular, e está a ser desenvolvida pela empresa em parceria com o Instituto de Soldadura e Qualidade.
As unidades da rede irão recolher subprodutos orgânicos de origem agrícola junto de agricultores da área de influência do Alqueva para os transformarem em fertilizante orgânico através do processo de compostagem.
O fertilizante orgânico produzido será depois entregue aos agricultores que doarem subprodutos orgânicos para ser aplicado no solo.
De acordo com a EDIA, a aplicação de fertilizante orgânico vai permitir reabilitar gradualmente as diversas funções ambientais do solo, aumentar a resiliência do território perante as alterações climáticas e promover a qualidade da água e a sustentabilidade económica e ambiental do regadio do Alqueva.
O projeto tem uma estrutura "assente" no uso eficiente de recursos, na proteção do solo e da água e na valorização de subprodutos, "contribuindo para acelerar a transição para a economia circular, através de uma agricultura em linha com os princípios deste novo paradigma", explicou a EDIA.
Segundo a empresa, o projeto URSA foi distinguido, no dia 07 deste mês, com o 1.º lugar do Prémio Economia Circular nas Empresas do Baixo Alentejo e Litoral.
O prémio é promovido pela Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.
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