É o que revela um estudo da Faculdade de Engenharia Civil de Skopje (capital da Macedónia), que chama a atenção para o facto de as montanhas que rodeiam os lagos (Grande Prespa e Pequeno Prespa) receberem menos precipitação e neve, deixando o Prespa sem abastecimento de água doce.

Com uma bacia que remonta a quase cinco milhões de anos, os lagos Prespa são muito antigos.

No estudo, o cientista Dejan Trajkovski alertou para o facto de o nível da água do lago baixar 19 centímetros por ano.

Nos últimos 60 anos, o Prespa perdeu cerca de 40% do seu volume de água.

“Se esta tendência se mantiver, alimentada pelo aquecimento global e pela irrigação (agrícola), dentro de 60 a 80 anos, a maior parte do fundo do lago estará seco, com um destino semelhante ao do Mar de Aral, no Cazaquistão”, sustentou.

O lago é também afetado pela interrupção da ligação de água entre o pequeno lago Prespa e o grande Prespa, bem como pela infiltração de água do Prespa superior no lago Ohrid.

Desde o início das medições, o nível máximo de água do Prespa foi registado em 1963, com uma elevação de 851 acima do nível do mar. Desde então, o nível do lago tem vindo a descer constantemente.