Na sequência do encerramento do Laboratório de Saúde Pública, anunciado pelo Ministério, deixaram de existir condições para continuar a analisar amostras de água potável.
O Governo acusou ainda Israel de impedir a entrada de cloro em Gaza ou de qualquer outra alternativa para tratar a água potável na Faixa de Gaza, devastada por 204 dias de incessante ofensiva israelita que já causou mais de 34.300 mortes e destruir várias infraestruturas civis.
“Todos os cidadãos da Faixa de Gaza bebem água que não é segura, colocando as suas vidas em risco”, afirmou o Ministério da Saúde.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) voltou a alertar, na sexta-feira, que as condições de vida em Gaza “estão a deteriorar-se rapidamente” e sublinhou que a “escassez de água em Rafah”, onde vivem cerca de 1,2 milhões de deslocados e 200 mil residentes, está a aumentar o risco de surtos de doenças.
Em novembro, o relator especial da ONU sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento, Pedro Arrojo-Agudo, apelou a Israel para que deixasse de usar a água como arma de guerra.
“Cada hora que passa enquanto Israel impede o fornecimento de água potável à Faixa de Gaza, em flagrante violação do direito internacional, coloca os habitantes de Gaza em risco de morrer de sede e de doenças relacionadas com a falta de água potável”, afirmou em 17 de novembro, cerca de um mês após o início da guerra.
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