"Dir-vos-ia apenas sobre o negócio Media Capital, duas coisas. Primeiro, que aquilo que aconteceu tem a ver, única e exclusivamente, com o facto de durante 11 meses em Portugal, uma autoridade não ter sido capaz de se produnciar, positiva ou negativamente, mas não foi capaz de se pronunciar, nao se mostrou capaz, não se mostrou conhecedora, não se mostrou competente, para fazer uma pronuncia objetiva, clara, transparente e documentada sobre um negócio desta relevância (...)", afirmou à agência Lusa Alexandre Fonseca.
Este responsável, que falava em Castelo Branco, à margem de uma visita ao Centro de Empresas Inovadoras (CEI), onde assinou uma parceria com a Associação Centro de Apoio Tecnológico Agro- Alimentar de Castelo Branco (CATAA), adiantou que esse é um marco que enquanto portugueses e agentes económicos todos devem refletir.
"Esse sim, acho que é o ponto importante para compreender, porque a realidade é que, como todos sabem e como foi divulgado amplamente pela imprensa, existia uma data de 13 de abril. Essa data foi ampliada para 15 de junho e em nenhuma destas datas, até já numa data posterior ao negócio ter sido encerrado, foi a primeira vez que a Autoridade da Concorrência se pronunciou e veio trazer factos que nós desconheciamos, que não foram discutidos no âmbito do projeto e que em alguns casos, nem sequer correspondem a verdade. Este é um ponto que gostava que ficasse claro", frisou.
O presidente da Altice Portugal acusou ainda a AdC de ter feito esta semana comentários públicos sobre o negócio que ultrapassam claramente a sua esfera de responsabilidade e que trazem a público informação que a Altice desconhecia no âmbito do processo.
"É informação que estravaza amplamente aquilo que são as competências dessa autoridade. Eu diria que não o vamos fazer, não vamos cometer o mesmo erro. Eu compreendo que, eventualmente tivesse que existir uma necessidade por parte da autoridade, de se justificar perante aquilo que aconteceu, mas nós não o vamos fazer", disse.
Alexandre Fonseca esclareceu ainda que, ao contrário do que foi dito, não existe por parte da Altice, nem sequer por parte da Prisa, nenhum desistir do negócio.
"O que acontece é que uma data contratualmente definida, e era uma data que estava definida desde o dia 14 de julho de 2017, há 11 meses a esta parte, essa data, que já foi uma data depois negociada como vos disse e que houve uma expansão por mais dois meses, essa data foi incumprida, ou seja, durante esse período a Autoriddade da Concorrência não se mostrou capaz e competente para emitir uma decisão", afirmou.
E, nesse âmbito, explicou que aquilo que acontece nas empresas ée que existem contratos e responsabilidades, sendo que o negócio "caducou" porque dentro desse período não foi possível ter uma decisão, "lamentavelmente, por parte da autorridade".
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