“Os civis estão encurralados entre a submissão e a morte”, declarou Zeid Ra’ad al-Hussein, apelando ao Conselho dos Direitos Humanos para ajudar a responsabilizar os autores de tais crimes e insistindo que eles devem saber que estão a ser elaborados processos contra eles.
Al-Hussein falava no início de um “debate urgente” no conselho, órgão que integra 47 países, a pedido do Reino Unido, sobre a situação humanitária dos cerca de 400.000 civis que se encontram na região de Ghouta oriental, o enclave rebelde nos arredores da capital síria, Damasco.
Na reunião está prevista a discussão de um projeto de resolução exigindo a aplicação da decisão aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê um cessar-fogo de 30 dias na Síria.
Nem a resolução das Nações Unidas nem a trégua humanitária diária de cinco horas pedida pela Rússia na segunda-feira para permitir a entrada de ajuda ou a saída de civis da região de Ghouta oriental têm sido cumpridas pelas partes.
O projeto de resolução britânico pede ainda que a comissão de inquérito internacional independente sobre a Síria “instaure urgentemente um inquérito completo e independente sobre os acontecimentos recentes em Ghouta Oriental”.
Pelo menos 617 pessoas, incluindo 149 crianças, foram mortas em Ghouta oriental desde que no dia 18 as forças governamentais intensificaram os ataques na região, sitiada desde 2013.
Comentários