O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA) e a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, em conjunto com a Fenprof vão apresentar uma queixa junto da representação da Comissão Europeia, em Lisboa, a denunciar a “falta de rigor e interesse por parte do Estado Português neste problema de saúde pública”, lê-se em comunicado das três entidades.
O amianto é uma fibra natural proveniente de seis tipos de minerais diferentes e é cancerígeno quando estas fibras são inaladas e se depositam no organismo, podendo provocar vários tipos de cancro.
A queixa tem como base o facto de ainda estar por cumprir o levantamento dos edifícios, instalações e equipamentos públicos com amianto, por não serem prestadas informações aos utilizadores dos edifícios que têm a substância e pela falta de ações a desenvolver relativas à sua remoção.
“Além da normativa não ter sido transposta segundo as obrigações legais, falta cumprir quase tudo, desde a divulgação da lista completa e atualizada de edifícios com amianto, nomeadamente escolas, à calendarização das intervenções nesses edifícios e à informação aos seus utentes, porque este processo nunca foi encarado de forma séria pelo Governo”, aponta o líder do MESA, André Julião.
Citada no comunicado, Íria Roriz Madeira, da Zero, lembra que a União Europeia define que em 2032 o amianto na Europa deve estar erradicado.
Um outro comunicado do secretariado nacional da Fenprof indica que a queixa também será subscrita pelo Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS) e pela Quercus .
A queixa será entregue na quinta-feira, às 11:00, na representação da Comissão Europeia em Portugal, em Lisboa.
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