Em conferência de imprensa ‘online’ a partir da sede da organização, em Genebra, Michael Ryan, diretor do programa de emergências de
E disse depois que há um saúde na OMS, falou da situação do Brasil como “claramente o país mais afetado” e do grande número de casos em São Paulo.aumento de casos de covid-19 em muitos países sul-americanos.
Michael Ryan lembrou também que o Governo do Brasil aprovou o uso de cloroquina “para um uso mais abrangente” na luta contra a epidemia, para reafirmar que “as evidências clínicas não apoiam o uso da cloroquina”.
Mais à frente, voltou a avisar que o uso de cloroquina ou de hidroxicloroquina, para a prevenção e tratamento de malária, apenas devem ser usados em ensaios clínicos e com supervisão, já que têm efeitos secundários, como problemas cardíacos e arritmias.
Sobre a disseminação da doença em África o responsável da OMS admitiu que a covid-19 não se espalhou de forma tão rápida no continente, apesar de na última semana nove países terem tido um aumento de 50% de casos.
Um dos motivos para que África ter menos casos e menos mortes pode dever-se a um perfil diferente da idade, já que é muito maior a percentagem de população jovem, em relação a outros continentes, admitiu.
Além disso, acrescentou, os resultados da progressão da covid-19 também são reportados com menos rapidez.
O Brasil tem 310.087 casos de covid-19 e 20.047 mortes provocadas pela doença. No Rio de Janeiro, a terceira região mais populosa do país, com 17 milhões de habitantes, a pandemia deixou 3.412 mortos e mais de 32.000 infeções.
Michael Ryan disse também que era preocupante a situação na região amazónica, com uma taxa de infeção muito elevada.
Na quarta-feira o Governo brasileiro divulgou um protocolo, através do Ministério da Saúde, a autorizar a administração de cloroquina para o tratamento de casos ligeiros de covid-19.
Na quinta-feira o Presidente, Jair Bolsonaro, afirmou que sabe "que a cloroquina não tem comprovação científica", mas defendeu que há muitos relatos de médicos sobre pacientes que tomaram o medicamento e se curaram.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.289 pessoas das 30.200 confirmadas como infetadas, e há 7.590 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,3 milhões contra perto de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 136 mil contra mais de 171 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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