Batizada de "Jornada pela Democracia - Todos por Dilma", a iniciativa foi montada na plataforma de financiamento participativo "Catarse.me".
Nas primeiras quatro horas online, foram angariados 66.226 reais (cerca de 18.290 euros), em 747 pequenas doações que têm um valor a partir dos 10 reais (cerca de 2.80 euros).
O objetivo do projeto é atenuar as restrições financeiras impostas, segundo Dilma, pelo governo interino de Michel Temer, enquanto o Senado julga as denúncias que pesam contra si por aprovar gastos públicos sem a autorização do Congresso, as chamadas "pedaladas fiscais".
A presidente continua a morar no Palácio da Alvorada e afirma que o governo Temer restringiu-lhe o uso de aviões oficiais para viagens relacionadas com atos em defesa do seu mandato, assim como o pagamento de estadias em hotéis.
"Achámos que era importante abrir uma conta, onde as pessoas pudessem fazer doações e que houvesse recursos disponíveis para que a presidente pudesse usar para suas viagens", explicou a médica Guiomar Silva Lopez, de 72 anos, num vídeo postado no site, cujo lema é "Financiamento coletivo para todos".
Guiomar dividiu a cela com Dilma, de 68 anos, durante o regime militar, e é uma das cocriadoras da ideia em conjunto com Maria Celeste Martinez, de 74 anos. As mulheres conheceram-se na clandestinidade quando enfrentavam o governo nos anos 1970.
O objetivo é recolher 500.000 reais (cerca de 138.000 euros). Independentemente do valor da contribuição, todos os doadores vão ter a mesma retribuição: uma menção no site de Dilma, uma foto autografada em versão digital e um vídeo de agradecimento.
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